Histórico




A história da APROARROZ teve início, exatamente, no ano de 2005, quando da reunião de alguns produtores da região na EXPOINTER, na sede do Correio do Povo. Durante um desses encontros e conversas informais entre os produtores, na companhia do senhor Carlos Ribeiro, os primeiros foram questionados pelo senhor Carlos sobre as iniciativas tomadas de forma a promover os cordeiros oriundos da região do Litoral Norte Gaúcho (apelidado pelo Ministro Paulo Brossard de “cordeiro pré-salé”, comparando-os aos cordeiros da Costa da Normandia, criados nas pastagens do Mont Saint Michel, na França). Esse foi o ponto de partida para que alguns produtores da região se reunissem para discutir essa qualidade diferenciada dos cordeiros e, também, do arroz. Por já ser de conhecimento de todos os envolvidos na cadeia produtiva do arroz a qualidade extra do produto oriundo da região, a possibilidade de reconhecimento oficial dessa maior diferenciação logo passou a dominar os pensamentos dos produtores.
Esse pequeno grupo realizou alguns encontros, de modo a identificarem a melhor forma de promover esse produto de maior qualidade oriundo da região. Foi assim, então, que foram em busca de auxílio junto ao SEBRAE.
Essa foi a faísca necessária para a criação de uma entidade composta por produtores, cooperativas e industrias da região, de forma a ir em busca desse reconhecimento oficial. Foi com auxílio da historiadora Naida Menezes, o engenheiro agrônomo Dr. Carlos Nabinger, Danilo Menezes e Fernando Schwanke.
Comprovações de mercado, já permitiam a APROARROZ solicitar uma Indicação Geográfica da espécie IP – Indicação de Procedência. Entretanto, tinha-se convicção que se estava diante de uma Indicação Geográfica da espécie DO – Denominação de Origem. Todavia, recomendações “oficiais” orientava a APROARROZ a ser prudente e solicitar uma IG/IP – Indicação de Procedência, pois seria mais seguro, afinal se tratava do primeiro pedido de uma IG para um cereal no Brasil. Visando obter o selo da DO era preciso comprovar cientificamente a vinculação do produto (arroz) com o meio ambiente, o chamado efeito terroir, termo utilizado pelos franceses.
No final do ano de 2007, após elaboração de estudos e pesquisas por parte do Dr. Nabinger, confirmou-se que a temperatura amena da região influencia diretamente no enchimento do grão, bem como o regime de ventos e umidade do ar. Essa foi, então, a comprovação do terroir e o requisito que faltava para a confirmação da Denominação de Origem.
Em fevereiro de 2008 foi protocolado o pedido de Registro no INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial sob n.° 200801. Exigências burocráticas dificultavam o andamento do processo, até que em contato com a Eng° Química Dra. Lucia Regina de Moraes Fagundes, então membro da Direção de Contratos de Tecnologia e outros Registros do INPI, destravou-se o processo. Seu auxilio foi fundamental para solução das pendências existentes.
Em 24 de agosto de 2010, foi concedido pelo INPI o Certificado da 1ª Indicação Geográfica da espécie DENOMINAÇÃO DE ORIGEM no Brasil, com o nome LITORAL NORTE GAÚCHO e o logo que a identifica.
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